Jandira Magdalena Cruz mandou uma mensagem via telefone celular ao ex-namorado em 26 de agosto, dia em que desapareceu na zona oeste do Rio de Janeiro. O recado foi enviado, às 10h06, no momento em que ela estaria a caminho de clínica clandestina de aborto. Na mensagem, ela revela medo e pede orações. "Amor mandaram desligar o telefone, to em pânico, ore por mim (sic)", disse.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro pediu à Justiça a quebra do sigilo telefônico de Jandira. Os investigadores querem saber com quem ela conversou nos dias que antecederam o desaparecimento e os lugares pelos quais passou antes do sumiço.
A mulher, que tem duas filhas e estava grávida de três meses, desapareceu após entrar em um carro no terminal rodoviário de Campo Grande com outras mulheres para ser levada à clínica.
Em outro telefone celular da jovem, foi encontrada a fotografia de um cartão em que aparece o endereço da clínica. Uma das linhas de investigação é a existência de uma quadrilha especializada em abortos, que teria a cobertura de um policial civil.
Exame de DNA
A Polícia Civil do Rio de Janeiro pode realizar um exame de DNA em um corpo encontrado carbonizado dentro de um carro na zona oeste da capital. Segundo investigações, o corpo tem características semelhantes a Jandira. O corpo ainda possui uma marca de tiro na cabeça.
A polícia não descarta a hipótese de a mulher ter sido executada após passar mal em uma clínica clandestina. Entretanto, até a manhã desta terça-feira (9), a família de Jandira negava que tivesse sido procurada pela polícia para a coleta de DNA.
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